Há
muitos anos atrás, um grupo de jovens que fizeram parte do C.N.E. (Corpo
Nacional de Escutas) viveu e bebeu o ideal escutista. Esta Escola ensinou-os a
viver, a saber viver e a ouvir os outros. No Escutismo aprenderam um pouco de
tudo, tanto na vertente religiosa, humana como na vertente lúdica (o teatro, a
música entre outros).
Entretanto,
chega o dia em que se tornam adultos e suas vidas seguiram rumos diferentes,
para uns foi a vida militar, outros o namoro, outros o casamento, obrigando-os
de certa forma a fazerem uma pausa na sua vida activa do C.N.E.. Mas como diz
na lei do Escuta: “Escuteiro uma vez, Escuteiro para sempre”.
De
acordo com este ideal, o mesmo grupo, mais tarde, volta a juntar-se,
fraternizando uns com os outros. Normalmente, reuniam-se no largo da feira, em
Joane, mas por vezes, reuniam-se junto à Igreja Paroquial Divino Salvador, junto
ao Salão Paroquial e nos dias de maior intempérie até dentro de uma carrinha de
um elementos.
Destes
encontros, surgiu a marcação de um passeio anual e de um magusto para todos os
elementos e seus familiares e amigos.
Até que
um dia, no jornal Flor de Liz saiu um artigo sobre a Fraternidade Nuno Álvares
e o Chefe Américo, Chefe do Agrupamento nº 184 do CNE, nessa altura, disse-lhes
para fundarem a Fraternidade, uma vez que eram todos ex-escuteiros e que como
se reuniam habitualmente só precisariam de formalizar este grupo, para assim
poderem andar fardados e identificados junto dos demais paroquianos.
Ao que
todos ficaram um pouco surpreendidos face ao desafio lançado, ficando todos em
silêncio, contudo todos os elementos daquele grupo tinham conhecimento de que associações
Fraternidade Nuno Álvares já existiam nas paróquias de Ronfe e Brito.
Assim e
perante tal desafio ninguém ficou indiferente, sobretudo para um homem chamado
Artur Xavier Forte, que no domingo seguinte, se dirigiu a todos os presentes
nesse encontro, dizendo que em conjunto com os restantes elementos, iria dar
inicio á fundação da Fraternidade Nuno Álvares nesta paróquia e que por
iniciativa própria responsabilizava-se por saber o que era necessário para a
sua fundação. Desta forma, poderiam pertencer à família Nacional da
Fraternidade.
Em
Agosto de 1983, reuniram-se como era usual, Artur Xavier Forte informou-os dos
passos que estava a dar para a referida fundação da Fraternidade e ao mesmo
tempo alertou-os para a responsabilidade que esta fundação acarretava.
Depois,
já em 18 de Dezembro de 1983, num fim de tarde muito frio fruto da estação que
estava a decorrer, eis a primeira reunião oficial da Fraternidade Nuno Álvares,
núcleo nº 10 – Joane, assim designado a partir desta data, em que esta foi
presidida por Artur Xavier Forte, sendo realizada no Salão Paroquial, mais
concretamente na sala da Associação da Legião de Maria. Esta reunião contou com
a presença de 17 elementos então designados fundadores.
Após
esta primeira reunião, este grupo da Fraternidade Nuno Álvares – núcleo nº 10
de Joane, continuou a reunir-se e a ajudar outras instituições nas suas
múltiplas actividades.
Para
tal, criaram um banco alimentar com o objectivo de ajudar as famílias mais
carenciadas, organizaram a Visita Pascal, deram formação ao CNE, ensaiaram
peças de teatro, reconstruíram um espaço no Salão Paroquial, a fim de criarem a
sua própria Sede (FNA) e instituíram a procissão em honra a Nossa Senhora de
Fátima. E para a concretização desta procissão, a Fraternidade comprou uma
imagem de Nossa Senhora de Fátima e idealizaram o percurso da procissão, passando
por várias ruas da paróquia de Joane, onde surpreenderam tudo e todos porque ao
longo deste percurso surgiram vários cenários de aparições ao vivo, tendo como
participação activa crianças, jovens e assim como animais (ovelhas),
representando assim certos momentos da aparição de Nossa Senhora de Fátima aos
pastorinhos.
Deste
grupo saíram elementos para a Direcção Regional e para a Mesa do Conselho
Nacional da FNA, sendo assim reconhecido os seus valores, como capacidade,
empenho e dedicação.
Com
estes argumentos aqui apresentados podemos afirmar que “Amigos tão bons vale a
pena juntar”, pois só assim é que foi possível crescer em valor e qualidade
esta Fraternidade e a paróquia de Joane, que foi e é de facto um viveiro de
escuteiros.
A associação Fraternidade Nuno Álvares – núcleo n.º 10 – Associação dos antigos filiados no
corpo nacional de escutas da Vila de Joane.
facebook: Fraternidade
Nuno Álvares de Joane
1983 / 2016
FNA 33 Anos
"A
criança não aprende o que os mais velhos dizem, mas o que eles fazem."
“Deixar o
mundo um pouco melhor do que encontramos.”
“Não existe ensino que se compare ao
exemplo.”
Esta
associação aproveita desde já para, desejar um Feliz Natal e Prospero Ano Novo
de 2016.
Bem hajam
a todos.
FNA de
Joane.
Paulo
Couto