Decorreu no passado Sábado dia 01
de Outubro de 2016, na paróquia de Joane, a procissão em louvor a Nossa Senhora
do Carmo.
Após a
Peregrinação Arciprestal ao seu Santuário, na paróquia de Lemenhe, sendo esta a
única Peregrinação de cariz Arciprestal que decorre no Arciprestado de Vila
Nova de Famalicão. No dia 17 de Julho teve início a visita da Imagem Peregrina
de Nossa Senhora do Carmo às 54 paróquias do Arciprestado famalicense,
prolongando-se até ao dia 16 de Julho de 2017. Trata-se de uma iniciativa do
Arciprestado que pretende ajudar a viver de forma mais intensa e profunda o
próximo ano pastoral, em que a Arquidiocese de Braga nos convida
particularmente a olhar para a figura de Maria, para com ela “contemplarmos a
Fé”, associando-se deste modo também às comemorações do centenário das
aparições de Fátima.
A procissão
iniciou-se pelas 21h00 no Parque da Ribeira (Rua da Ribeira), segui pela Rua de
São, Cruzeiro, Rua Pedro Hispano, no centro da Vila e por fim chegada à Igreja
Paroquial Divino Salvador de Joane.
O culminar da
procissão teve como momento solene na Igreja Divino Salvador, o sermão alusivo
à Nossa Senhora do Carmo, onde se abordou a sua origem, Nossa
Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando se um grupo de
eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, terra Santa,
iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da fonte de Elias, que se
estendeu ao mundo todo.
A palavra
Carmo, corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, em Israel, onde o
profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.
A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta
Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem
Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de
carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada a
Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.
Posteriormente
os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos
muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.
Com a expulsão
dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se
espalhar por toda a Europa. Também foi levada para a América Latina, logo no
começo de sua colonização, passando a ser conhecida em todos os lugares. E não
somente no Carmelo. Foram construídas várias igrejas, capelas e até catedrais
dedicadas a Senhora do Carmo.
São Simão era
um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos
Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra,
ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo.
Sua oração,
que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida.
Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede
propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.
Então Maria
Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o
Escapulário e lhe disse: Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua
ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem
com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos
perigos, aliança de paz e amor eterno. A partir desse milagre, o escapulário
passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.
A partir da
aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo começou a
florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme até os
dias de hoje.
A palavra
escapulário, vem do latim, escápula, que significa armadura, proteção. O
escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. O uso do escapulário é
um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o usa, é coberta
com a proteção e as graças da Virgem Do Carmo.
O escapulário,
segundo o Concilio do Vaticano II é um Sacramental, um sinal sagrado, obtendo
efeitos de proteção da Igreja Católica. É uma realidade visível que
nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que: portar o escapulário, era estar
vestida com o hábito de Nossa Senhora.
Por fim apelou-se
à solidariedade para com os que mais sofrem, terminando com um pedido de reflexão
e oração.
A procissão contou
com a presença de muitos devotos fiéis, e foi presidida pelo Padre Jorge Amado,
natural da Serra da Estrela e missionário da Consolata de Braga.
O sermão foi
celebrado também pelo Padre Jorge Amado.
O evento teve a
organização e coordenação de diversas associações e movimentos católicos, onde
contou com a presença e colaboração da (FNA) Fraternidade Nuno Álvares – Joane,
Fanfarra do CNE de Joane, CNE e Guias de Portugal.
A actual direcção
e restantes elementos da FNA no activo, agradecem a todos aqueles que
participaram e apoiaram a realização do evento, para todos um muito obrigado e
uma forte canhota.