A Vila de
Joane esteve em festa, no passado Sábado e Domingo dias 14 e 15 de Janeiro de
2017, onde se festejou a Festa em honra de Santo Amaro.
O evento teve
a organização e coordenação da Comissão de Festas de Santo Amaro de Joane,
contou com a colaboração de vários elementos da Fanfarra do CNE, CNE, Guias de
Portugal e Fraternidade Nuno Álvares (FNA), para além de cidadãos em geral, que
se dignaram a participar e assistir neste acto solene.
A cerimónia
foi presidida pelo Padre António Azevedo de Joane.
Festejado a 15
de Janeiro, Santo Amaro - também chamado de Mauro - nasceu em Roma no século
VI. De origem patrícia, era filho do senador romano Eutichio.
Com apenas
doze anos de idade sai de Roma para o Monte Cassino, trazido por seus pais que,
o entregam aos cuidados de São Bento, fundador da Ordem Beneditina, para que
ali termine a sua formação. Verificando-lhe elevadas qualidades, corresponde de
tal modo às expectativas do seu mestre, que se torna o seu homem de confiança e
em pouco espaço de tempo, vai sendo encarado pelos outros religiosos como um
exemplo a seguir. São Bento em reconhecimento dessas virtudes, escolhe-o para
trabalhar na escola de jovens, anexa ao mosteiro de Monte Cassino.
São Gregório
exaltou-o por se ter distinguido no amor, na oração e no silêncio, e que, a
exemplo de São Pedro, foi recompensado pela sua obediência andando sobre as
águas. Conta-se que certa vez um colega seu, de nome Plácido, estava a
afogar-se longe de todos, no açude de Subiaco. São Bento teve a visão do perigo
e pediu a Amaro que fosse salvar o irmão religioso: “Irmão Amaro, vai depressa
procurar Plácido, que está prestes a afogar-se”. Obediente, Amaro pediu a São
Bento que o abençoasse e, sem hesitar e com a graça de Deus, correu e andou
sobre as águas sem se afundar, agarrou Plácido pelos cabelos e trouxe-o para a
margem não se apercebendo sequer, Amaro, de ter saído de terra firme. Quando
Amaro deu conta do que sucedera atribuiu os méritos ao seu mestre, São Bento.
Teve portanto mais fé do que São Pedro que, por duvidar, se afundou nas águas
do mar de Tiberíades.
Reconhecido o
valor de Amaro, que cumpria tão bem o ideal da Ordem (dos beneditinos), o
Patriarca dos monges incumbiu-o de importante missão: difundir na Gália (França)
a Regra de São Bento, o que ele executou nos primeiros vinte anos do século
VII.
Com alguma
naturalidade, foi sendo encarado como o herdeiro espiritual de São Bento e seu
eventual sucessor. Segundo uma tradição, foi mesmo Amaro quem ficou a substituir
São Bento quando este foi viver para o Monte Cassino. A ele é atribuída a
abertura da Ordem beneditina em França e a fundação do mosteiro de Granfeuil
(Saint-Maur-sur-Loire).
Suas
principais virtudes: casto, humilde, caridoso e obediente à Regra da Ordem.
Ainda em vida, Amaro teve fama de santidade. Faleceu em 584.
É invocado na
cura de certas doenças; gripe, reumatismo, rouquidão, dor de cabeça e
paralisia. É padroeiro dos transportadores.
A sua imagem
representa-o com algumas variantes: habitualmente vestido com hábito e capuz
tendo um livro na mão (o livro da Regra de São Bento ou, se quisermos, os
Estatutos da Ordem) e uma pequena balança (para pesar a comida dos religiosos),
balança esta que lhe terá sido entregue por São Bento ao partir para França.
Noutras
imagens é representado com báculo abacial, semelhante ao que os Bispos e o Papa
ainda hoje usam quando estão a presidir a algum acto religioso.
Ainda por
vezes, é representado com uma muleta que alude ao seu patrocínio em favor dos
que sofrem de males dos ossos ou de gota.
No seu escudo
encontramos gravadas umas flores de liz que recordam que foi ele que introduziu
a Ordem beneditina em França.
A Fraternidade
Nuno Álvares – FNA, Agrupamento 184 do CNE e Guias de Portugal, da Vila de
Joane, felicitam a Comissão de Festas de Santo Amaro pela organização da festa
em honra de Santo Amaro e a restante população Joanense pelos contributos
generosos, a todos parabéns e uma canhota amiga.
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